ORFANDADE
Ali, na
cunha aonde Trás-os-Montes
Se fica
a despedir do Rio Douro,
Nasci
fechado em verdes horizontes,
Sem nome
grande e sem promessas de ouro.
À beira-Tâmega,
entre duas pontes,
Marão à
vista, qual castelo mouro,
Ao som
das águas de velhinhas fontes,
Foram
nevões e Sol o meu tesouro.
Por
vinhas e silvedos a correr,
Até à
hora de aprender a ler,
Livre e
feliz passei a minha infância.
Porém,
da má fortuna injusto erro
Parou-me
a vida e pôs-me no desterro
A morrer
de saudade… na distância!
Manoel
do Marco
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