quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

NINGUÉM!


NINGUÉM!

Ninguém!
Ao grito que liberto
Dos abismos de mim
Nenhum braço responde
Como quando menina
Estremecia na noite…
Estende-se a solidão
Como universo que crescendo
Não trava na expansão!
Estou só
O grito que não solto
Porque inútil
Ofende-me a garganta
Minhas cordas vocais que se distendem
Esqueceram seu vibrar
E eu…
Oh dor, imensa dor
Com tanta vontade de gritar!

Marília Gonçalves
lido por Ilda Regalado

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