NINGUÉM!
Ninguém!
Ao grito
que liberto
Dos
abismos de mim
Nenhum
braço responde
Como
quando menina
Estremecia
na noite…
Estende-se
a solidão
Como
universo que crescendo
Não
trava na expansão!
Estou só
O grito
que não solto
Porque
inútil
Ofende-me
a garganta
Minhas
cordas vocais que se distendem
Esqueceram
seu vibrar
E eu…
Oh dor,
imensa dor
Com
tanta vontade de gritar!
Marília
Gonçalves
lido
por Ilda Regalado
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