um
dia
livre
pela única verdade
voarei
como as aves
ao
encontro do anil do céu.
cortarei
o espaço
e
serei
uma
minúscula partícula do átomo.
levarei
o sonho do meu sonho
em
minhas asas quebradas
como
aquela ave
atingida
pelo tiro certeiro
do
caçador furtivo
que
sangra a música da Natureza.
deixarei
a precária luz da terra
esse
frágil abraço do sol
insuficiente
para derreter
gelo
sobre gelo.
repartirei
com elas
o
primeiro sopro
do
amanhecer no Infinito.
depois…
depois
só as estrelas e o luar
falarão
dentro do silêncio:
-
que o mistério mora no sonho das aves.
Teresa
Gonçalves
in “Pleno Verbo”
lido
por Idiema
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