este
poema é para ti.
para
ti, que te encontras algures num lugar sem lugar
distante
e impreciso, onde o sol não nasce e o vento varre
a
liberdade de te poderes levantar.
para
ti, que em inumeráveis ondas de mates vivas
se
apagaram velas de sonhos e chegas a meio do caminho
da
vida, já cansado.
para
ti, que invadido pela febre do poder, ambição e egoísmo,
construíste
o castelo efémero onde vives e não quiseste
pousar
a flor do pão na mão que se esconde envergonhada
no
bolso roto.
para
ti, que buscas o prazer do momento no círculo do
amor
comprado e não tens consciência se estás a comprar
ou
se estás a vender.
para
ti, que procuras nos beijos divinos do Universo a von-
tade
de manteres acesa a luz da esperança e dela fazes a
lanterna
do amor e da paz.
para
ti, que descobres na subtileza da palavras a vibração da
semente
a romper para a vida no sentido dos actos.
este
poema é para ti.
Teresa Gonçalves
in “Pleno Verbo”
lido por Helena Dinis
Sem comentários:
Enviar um comentário