NÉVOA
Duma
névoa,
Do céu
do tempo infinito,
Surgiu
um vulto
Perante
os presentes,
Também
já de névoas saídos
E a si
parecidos!
O vulto
tinha um letreiro na testa:
“Poeta”!
Vinha
montado numa égua de palavras
Que
foram aladas, recitadas,
Escouceadas,
Dizendo
que da névoa, donde vinha,
Era para
lembrar aos animais racionais,
Que as
névoas são disformes,
Como os
todos os homens!
E que a
eles não se aplica
a
verdade matemática,
De que
"a
soma dos quadrados dos analfabetos
é igual
à ciência do quadrado da hipotenusa."
Não. o
poeta; um noesis!
Disse
que o conhecimento aumenta
quando à
névoa se eleva!
Depois,
o poeta,
na égua
das palavras montado,
Foi-se
embora!
E agora
névoas?
………………….xxxxxxxxxxxxx…………
Autor:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Sem comentários:
Enviar um comentário