Na manhã
o teu nome é um alfabeto de dióspiros
que de
noite apanho pelo chão. Junto-os
num cesto.
Reconstruo a tua paisagem.
E ficas
em divida comigo.
Deixámos
na mesa um ramo de rosas,
jacintos
e antúrios e os perfume que
inebriou
o ar branco. Cantando
a
canção, a canção fora a memória
da chuva
escrita nas vidraças.
Seria eu
em dívida para contigo,
não sie,
às vezes o poema mente,
ou não
mente, é a paisagem que se
amotina,
põe-se de pernas para o ar
e
encontramos a manhã reunida
numa
praça da noite a paisagem
reconstruída.
As cadeiras que deixámos
no chão
da sala, as árvores que tombaram
sobre a
mesa… O tempo é o espaço verde dum
tampo
branco e tu o poema, a luz
de uma
lágrima à luz do sol.
Fernando
Hilário
A idade das paisagens anteriores
lido
por Manuela Caldeira
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