As vezes sinto desprezo por mim
Somente por saber ler, só por isso
Muitos perguntarão. como assim
Eu respondo… não lia tanto lixo
Não lia que era a troika que mandava
No meu país soberano e independente
Nem tão pouco me desesperava
De ter um governo tão incompetente
Não lia o prefácio de um livro
Que resume dois anos de governação
Nem o prefácio, nem o artigo
Merecia a minha desilusão
Chegava em ouvir as opiniões
Dos que gostam de ler e escrever
Todos os colunistas unanimemente
Diriam: - Que Presidente tão incompetente
Não lia as leis aprovadas
Pelos partidos da maioria
Com assento na Assembleia da República
Nem lia que sindicatos e patrões
Andam de mãos dadas… quem diria!
Para evitar o corte de quatro mil milhões
E no analfabetismo do meu contentamento
Desconhecendo que havia estas santas uniões
A mim mesmo perguntaria
Que bosta é este parlamento
Que tem tantos e tantos ladrões
Como sou um cidadão revoltado
E como sei ler e escrever
É pelas palavras que deixo o meu recado
Para quem as queira ouvir
São escritas e ditas em forma de poesia
Por agora são faladas em circuito fechado
Mas quando chegar a verdadeira Democracia
Estas e outras palavras de desagrado
Serão ouvidas e ditas em todo o lado.
Dando vivas ao fim de tanta tirania.
15 de Março, 2013
António D. Lima
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