OLHOS NEGROS
Por teus olhos
negros, negros,
Trago eu negro o
coração,
De tanto
pedir-lhe amores...
E eles a dizer
que não.
E mais não quero
outros olhos,
Negros, negros
como são;
Que os azuis dão
muita esp'rança
Mas fiar-me eu
neles, não.
Só negros,
negros os quero;
Que, em lhes
chegando a paixão,
Se um dia
disserem sim..
Nunca mais dizem
que não.
Almeida Garret
in “Mário Soares – os poemas da minha vida”
lido por Maria Antónia Ribeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário