quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SAUDADES DO CÁVADO

SAUDADES DO CÁVADO
 
Sonhei que o rio perguntou ao mar:
Acaso já pensaste alguma vez,
Na beleza que tens a teus pés?
E o mar, vaidoso, respondeu: - Sem par!
 
Desde então, à luz do sol poente,
Eu vejo-os como dois enamorados,
Andarem de mãos dadas, descuidados,
Beijando-se na foz, perdidamente.
 
Ali nasci, cresci. Da mocidade,
Ficou-me este meu jeito de saudade,
Que a ele, dia a dia, mais me prende.
 
Sou feliz aqui! Mas em verdade,
Eu digo a toda a gente com vaidade:
Sou filho do concelho de Esposende.
 
Francisco Juncal
1976
lido por Bernardete Costa

Sem comentários:

Enviar um comentário