SAUDADES DO CÁVADO
Sonhei que o rio perguntou ao mar:
Acaso já pensaste alguma vez,
Na beleza que tens a teus pés?
E o mar, vaidoso, respondeu: - Sem
par!
Desde então, à luz do sol poente,
Eu vejo-os como dois enamorados,
Andarem de mãos dadas, descuidados,
Beijando-se na foz, perdidamente.
Ali nasci, cresci. Da mocidade,
Ficou-me este meu jeito de saudade,
Que a ele, dia a dia, mais me
prende.
Sou feliz aqui! Mas em verdade,
Eu digo a toda a gente com vaidade:
Sou filho do concelho de Esposende.
Francisco
Juncal
1976
lido
por Bernardete Costa
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