MÊS DE SETEMBRO
Setembro, o povo saiu à rua
Não em marcha silenciosa
Nem em noite fria e escura
Mas de tarde, quente, gloriosa
Centenas! Não, milhares
Que chegaram de todo o lado
Com cartazes e cantares
Viu-se um povo revoltado
Setembro, o povo saiu de novo
E gritou a esses senhores
O que aqui vêm é o povo
Dos mais diversos sectores
Aqui e agora dizemos basta
Bem sabem que nos assiste a razão
Depois de uma vida tão gasta
Não nos roubem o pão
Setembro Outonal esteve na rua
O povo como folhas cobria o chão
Este chão que continua
A ser nosso e a nossa razão
Como disse em poeta amigo
“Eram, não sei quantos mil”
Que este povo de novo unido
Gritou… Queremos um novo Abril
Setembro este… que deu novo alento
A quem se sentiu enganado
Gritou-se… chegou o momento
De não sermos mais um povo
escravizado
Trabalhadores, doutores e poetas
Estudantes e outros sectores
laborais
Gritaram: - estamos fartos de
tantas chupetas
Chupem na quinta perna de outros
animais
António D. Lima
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