MOINHO
A pedra
do moinho,
Vai
moendo devagar,
Mói
tristeza e alegria,
Mói o
tempo a passar…
Ao moer
o milho loiro,
Ao
quanto sonho d’oiro
Desfaz
no lento cismar.
Os meus
castelos de areia,
Construídos
na maré-cheia,
Foram
nas ondas do mar.
E a mó
sempre a moer…
Minha
mocidade moeu,
Amor,
tapou com um véu.
Olhando
as mãos vazias,
Murmurei
fervorosa prece,
Que
há-de chegar ao céu!
Maria
Irene Costa
in “O livro da Nena”
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