quinta-feira, 26 de setembro de 2013

de tanto chorar



de tanto chorar
meus olhos não conseguem fixarem o luar
de tanto sofrer
sustento os balanços da vida de mãos vazias
de tanto pensar
edifício palavras no patamar da inteligência
de tanto acreditar
crio alicerces em telhados de vidro
de tanto amar
sou nascente e poente dentro do mar.

Teresa Gonçalves
in “Pleno Verbo”
lido por Helena Dinis

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