sexta-feira, 23 de agosto de 2013

MEU FIEL AMIGO



MEU FIEL AMIGO

Era atarracado e forte o meu fiel amigo, staffi bull terrier,
Tinha o pelo tigrado
E grandes olhos castanhos
Que quando me olhavam
Me envolviam numa ternura sem fim.
Chamava-se Conan, “o bárbaro”,
Apelidado pelos meus rapazes
Quando o trouxe para casa era ele pequenino.

Viveu quinze anos entre nós
Saltando, correndo, ladrando,
brincando por entre as plantas do jardim,
Inteligente e brigão lidava com qualquer situação
que metesse confusão.
Ferrava e não largava, essa é que era a pior!
Tinha de se lhe abrir a bocarra e até o rabo morder
Para a vítima desprender.

Mas também era tão meigo!
Quando regressávamos a casa,
Tinha uma saudação distinta,
Deitava a cabeça para o alto e urrava duas três vezes,
Dando-nos as boas vindas!
Tinha tamanha energia!
Quando o levávamos a caminhadas
Muitas vezes ele é que nos conduzia!

A todos impunha admiração e respeito
este nosso querido amigo,
Era leal, forte e valente,
Tínhamos muito orgulho dele assim.

Quando já velho, doente e cansado,
Nunca perdeu a dignidade e lutou até ao fim.
Bem hajas meu fiel Conan,
Por tantas boas recordações
que guardo dentro de mim.
Em homenagem à tua existência,
Escrevo eu estes versos em forma de folhetim,
Pois nunca terei, outro amigo, assim.

Ester de Sousa e Sá

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