PORTO
A cidade nasceu,
granítica,
e, depois acordou
com vasos de sardinheiras,
inventadas,
colocadas, sabe-se lá,
por quem,
nas sacadas
de ferro forjado!
Os passantes misteriosos
segredavam-lhe ao ouvido:
como és bela
sobressaindo do nevoeiro
que se vai soltando do rio!
À cidade agradava-lhe,
a leitura de um livro,
de Camilo,
estar numa sala de cinema,
animada,
e, ter casais de namorados,
em janelas enfeitadas,
abraçados pela ténue madrugada!
O cais embalado,
pela agitação da água,
os rabelos coloridos,
e os copos de vinho do Porto
vazios,
depois de saciadas as bocas!
Maria Olinda Sol
lido por Alzira Santos
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