AS ESCADAS DA
LELLO
Não era assim o nome deste poema.
Eu queria de novo, o entrecruzar dos
corpos à hora do almoço descendo
as escadas da Lello.
Não sei porque arbitrária razão vejo
descer o retrato pintado em tábua.
Seus olhos dão-me fogo os meus dão-
-lhe água
a menos que me dê o caminho da lua.
Não era assim. Era a hora do almoço.
Desciam as escadas vindos das nuvens
do lamento das aves
do murmúrio do vento. Vinham,
Não era assim o nome deste poema.
Eu queria de novo, o entrecruzar dos
corpos à hora do almoço descendo
as escadas da Lello.
Não sei porque arbitrária razão vejo
descer o retrato pintado em tábua.
Seus olhos dão-me fogo os meus dão-
-lhe água
a menos que me dê o caminho da lua.
Não era assim. Era a hora do almoço.
Desciam as escadas vindos das nuvens
do lamento das aves
do murmúrio do vento. Vinham,
não, vinha o escuro
retrato longe dos olhos e
desta acabada história. A um canto,
como se fosse um café de estudantes,
juro um amor de sempre.
Descendo as escadas
longe dos livros
longe das nuvens
longe de tudo.
João Miguel
Fernandes Jorge
in: “Ao Porto” Colectânea de Poesia sobre o
Porto
Adosinda Providencia Torgal
Madalena Torgal Ferreira
lido por Joaquim Pereira
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