FALAR DO PORTO
Ai se eu fosse pintor
De ti meu Porto, belo poema
pintaria
Com tela, tinta, pincel e amor
A tua tão bela história, contaria
As tuas ruas estreitas, vielas e
calçadas
Poetizava-as na minha tela
Com as casas desalinhadas
E sardinheiras, em cada janela
Vestia-te com novos jardins
Com cores alegres e vivas
Replantava as rosas e jasmins
Que usurparam das tuas avenidas
Dos Clérigos e da Sé
Vejo o teu belo casario
Uma parte da história que daqui se
vê
Desde as escarpas até ao rio
E do alto dos Miradouros
De S. João e S. Catarina
Vêem-se os teus belos tesouros
Nobre e Leal Cidade, que é minha
Carinhosamente o Douro é afagado
Pelo Ribeira, Miragaia, Cantareira
Infindas histórias têm o teu
passado
Tantas são, como as desta cidade
tripeira
À tua cinzenta cor granítica
À bruma do teu alvorecer
Escreveria com tinta acrílica
Amo-te, mesmo depois de eu morrer
E para que ficasse imortalizado
Este meu Porto, que eu pintaria
Deixava-o para sempre expositado
Aqui… nesta Galeria
Foz do
Douro, Junho, 2013
António
D. Lima
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