A JANELA DA CIDADE
Percorro toda a linha do horizonte,
com os meus olhos gastos pela
idade,
E vejo por uma janela bem defronte,
as paisagens coloridas da cidade.
Desta cidade onde nasci, a tristeza
veste as paredes com granito;
Mas o manto colorido da Natureza,
é a minha voz, o nosso grito!.
E esse grito é livre como o vento,
dá-me uma imagem do Criador;
Por essa janela o meu pensamento,
tem as asas livres do condor.
E é aqui neste berço bem tripeiro,
que os meus poemas irão crescer;
Não serei o último poeta, nem o
primeiro,
aqui nasci!... Aqui quererei
morrer!.
Jorge
Vieira
in: “No Caminho do Silêncio”
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