FILHO
DO DOURO
Alguns
portos são varandas de chegadas;
outros
portos são os últimos redutos.
E
partimos com as vistas marejadas,
chegamos
de olhos tristes, mas enxutos!
Por
força do destino, as debandadas,
me
trazem ao nosso Porto! Em minutos,
as
minhas carnes tristes e orfanadas
despiam
para sempre os negros lutos!
Vi
este Porto, aberto a receber,
e a
luz do sol na cinza a renascer!
a luz
do Porto, feita prata e ouro…
E
desde então fiquei. mas abismada!
O
Porto me deu tudo, e deslumbrada,
casei
com o meu amor, filho do Douro!
Maria
de Lourdes Martins
in: “Colectânea de Poemas Maiatos”
lido
por Fernanda Cardoso
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