É NOITE…
É
noite... nada vibra...nada fala...
Tudo
mergulha num sonho vago e mudo.
E a
solidão desprende-se de tudo
Qual
bálsamo subtil que a noite exala.
Silêncio...
estou sozinha... eu me desnudo
Manifestando
a dor, sem disfarçá-la.
E por
adormecê-la e suavizá-la,
A noite
envolve a terra, qual veludo!
Eu não
quero quebrar esta magia!
Silêncio...a
noite morre...é quase dia.
E eu não
sei quem sou, nem onde vou.
Nada
murmura...nada...tudo dorme.
A noite
é para mim deserto enorme,
Aonde
meu destino me atirou!
Otília
Martel
in “Menina Marota”
lido
por Ana Maria Roseira
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