UMA AVE… UMA PEDRA
Aprimorar o despudor
de exprimir o imprescindível.
Uma ave… uma pedra
ambas da mesma cor
na claridade, que
quase cega
o que é indiscritível.
Expressar, sem reprimir
o promontório do acesso.
Ir… sem ficar e sem partir
para as redondezas
do regresso.
Projectar, no projétil
o pronome
morte pré-fabricada.
Fartar-se dessa fartura
de fome
primitiva e invertebrada.
Prescindir de toda
a impressão
que é dada aos sonhos
algozes e medonhos.
Ouvir o eco, duma outra
equação,
a melodia, estonteante
da razão.
Soltar a pedra, no céu da mão
e prender a ave no coração.
Kim Berlusa
in “Louvor aos Sorrisos”
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