SABES
MENINO
Sabes
menino
é
dezembro,
é Natal.
Na minha
rua
já
brilham as luzes,
a
azáfama reina,
a
fantasia impera,
a
harmonia ecoa nos corações,
o amor
habita os lares.
Mas para
ti, menino,
não é
Natal,
nem
sequer sabes que é dezembro,
nem
sequer tens rua.
Pois
não, menino?
Ou
talvez seja o único bem que possuis.
A Rua.
É lá que
brincas,
é lá que
dormes,
é lá que
sonhas,
é lá que
enganas a fome,
é lá que
vives a dor.
Tu,
menino
sem
casa,
sem
família,
filho
dum ventre vazio,
sem
sons, sem cor,
gerado
num mundo sem amor.
A ti,
menino…
Se
soubesse magia,
eu dava
tudo,
dava um
lar,
dava
sorrisos,
dava
amor.
Assim,
menino
esquecido
pelo mundo,
que tens
no olhar o brilho das estrelas
e a luz
do luar,
eu
dou-te estes versos.
Talvez
poema.
Sem
nome.
Como tu,
menino.
Alice
Santos
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