Já sinto o frio agreste.
Das minhas entranhas
descem lavas apagadas
de Invernos que detesto…
As árvores abrem seus braços
como agradecendo ou
louvando dádivas ao alto.
Acesa a lareira,
num livro já arrecadado
sacio o meu olhar…
Conta um romance de Verão,
do rumorejar das ondas
batendo nos penedos e
das gaivotas beijando o areal…
Corpos desnudados entregam-se
num idílio quente.
Relembro o Verão,
meu soma aquece por completo,
enrosco-me na manta e
enterro o pescoço na gola do camisolão.
Olho. Está cinzento.
Acalmo-me.
Fernanda Garcias
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