FIM
Quando eu morrer, amanhã
Não quero choro nem pranto, só
quero ter por mortalha um lençol de pano branco.
Quero morrer de repente, sem tempo
para sofrer, para tragédia demais me chega já o morrer.
Não quero padres, nem rezas, nem
noitada de velório, deixem-me só no silêncio entre o Céu e o Purgatório.
Que não me tragam Capelas,
Palmitos, ou Flores de Mão, quero uma rosa vermelha, bem da cor do coração.
Não quero que batam palmas ou
entoem qualquer hino, deixem só por companhia o lento tocar dum sino.
Quando eu morrer, amanhã
E a terra me tapar, eu só gostava
de ouvir, uma canção de embalar
Alexandre
Mello – Alter
(Joaquim
Godinho)
in “Luar dos Dias”
lido
por Jorge Vieira
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