SORTE
Sou mais do que queria,
mais do que alguma vez sonhei,
sou infeliz todavia,
sou um vencedor que não ganhei.
Caminho para o escuro
e tenho a luz atrás de mim,
para onde vá encontro muro,
eu estou perdido em mim.
Se procuro não encontro,
se encontro já não quero,
o que quero não consigo,
se não consigo desespero.
Na loucura me perco,
pelos caminhos da insanidade,
em tudo vejo mentira,
na mentira, vejo a verdade.
Neste sonho-pesadelo,
sou mais do que desejei,
sou alguém perdido,
nesta vida que já deixei.
Procuro para mim um fim,
um fim que não a morte,
começo a achar que viver assim,
não é mais que a minha sorte.
Ricardo
Braga
14-11-13
lido
por Ester de Sousa e Sá
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