HOMEM SÓ
Homem
só, onde nasceste?
Eles,
pensam que foi na solidão;
Eu,
sinceramente, penso que não.
Foi um
acto heroico
Que não
pudeste recusar.
Tu que
descobres as ciências
E fazes
andar o mundo,
Que
descobres o que te faz bem
E o que
te faz mal,
Não vês
que toda essa merda te destrói?!
És um
homem só
Que
garante a espécie
Só para
poder dominar.
Homem só
que
Envergonhas
a cidade onde vives
Com o
campo onde nasceste.
E gozas,
e aprecias as ruas iluminadas
Enquanto
vagueias por sítios ermos.
Todo
esse castigo te saiu da mente,
Toda a
verdade sempre te enganou;
Olhaste
para o lado
E viste
uma grande multidão,
Mas
foste sempre tu que a criaste,
É o
fruto da tua imaginação
Senão,
Quem te
iria aclamar?
Eu? Não
tenho voz…
Eu? Não
tenho mãos…
Homem
só, cobarde,
Inventas
o castigo,
E fazes
leis de imunidade,
Onde te
escondes?
Eles
pensam que é na solidão;
Eu,
sinceramente, penso que não…
Jorge
Braga
in
“Plectro Inato”
lido por Ricardo Braga
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