LIBERTAÇÃO
Sou como a água que jorra
espontânea da nascente,
E corre livre por entre as pedras
do leito do rio,
Sem amarras e sem nada que me
detenha,
Sigo o meu caminho transpondo
obstáculos,
Formando círculos à minha volta,
E entre rochedos e cercanias
encontro o meu curso.
Gorgolejando ruidosamente nas
quedas sinuosas do caminho,
Sigo em frente, pois não há maneira
de voltar para trás
Nem mudar o destino.
Regozijo-me nas paisagens, no sol
que me aquece
Em dias de verão e, sou feliz.
Detenho-me aqui e ali para me
espraiar na lezíria.
Já não tenho pressa para chegar ao
términus da saída
É já longo o meu curso, tantas
léguas percorridas,
Quantos me seguem nesta viagem?
E quantos me precedem neste vasto
caudal da vida?
Seguimos todos na corrente,
entretidos nesta ilusão desmedida,
Quando nada nos pertence e tudo nos
empurra para a saída,
Mas há esperança! Há fé e paixão!
Há sonho! Há vida!
Então, não será utopia pensarmos
Que a luz nos aguarda,
Quando finalmente chegarmos, à foz
desta vida!
Ester
de Sousa e Sá
Outubro
2013
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