quarta-feira, 21 de agosto de 2013

POEMA AO SOL



POEMA AO SOL

Que tremenda é a luz
que tal sombra nos põe
e tão veloz tão intensa
que a medida não mede

que distância atravessa
que nem contar se pode
qual gera de incêndio
que de olhá-la nos cega

Põe-se às costas do mundo
risca fogo em retinas
e aquece e enrosca
e palpita estremece

Essa luz qual a morte
magnetiza e faz vida
é de ondas pulsantes
toma posse dos seres

É de todo o saber
é de toda a razão
faz bulir o imóvel
tinge a cor de impossível
é dona das nuvens
senhora do alecrim
é semente
de água

Fernando Morais

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