POEMA AO
SOL
Que
tremenda é a luz
que tal
sombra nos põe
e tão
veloz tão intensa
que a
medida não mede
que
distância atravessa
que nem
contar se pode
qual
gera de incêndio
que de
olhá-la nos cega
Põe-se
às costas do mundo
risca
fogo em retinas
e aquece
e enrosca
e
palpita estremece
Essa luz
qual a morte
magnetiza
e faz vida
é de
ondas pulsantes
toma
posse dos seres
É de
todo o saber
é de
toda a razão
faz
bulir o imóvel
tinge a
cor de impossível
é dona
das nuvens
senhora
do alecrim
é
semente
de água
Fernando
Morais
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