O SILÊNCIO
Pergunta ao silêncio
Pergunta-lhe a medo
Se ouve o lamento
Do meu coração
E lá do seu reino
De sombra e segredo
Lenta, lentamente
Ele diz-me: “Não”.
Eu conto ao silêncio
Que sinto saudade
Que quero teus beijos
Que gosto de ti
E lá do seu reino
Sem dó nem piedade
Entre dois bocejos
O silêncio ri!
Eu digo ao silêncio
Meus versos sentidos
Triste, tristemente
Suspiro meus males
Eu rasgo o silêncio
Com gritos contidos
E ele, indiferente
Murmura: “Não fales”
Se nem tu me ouves
Se te ris de mim
Se nem tu me atendes
Será o meu fim!
“O que é que aconteceu (?)
Não és meu amigo?”
Ele se enternece
E chora comigo
Maria
Augusta Silva Neves
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