quarta-feira, 22 de maio de 2013

UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA



UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

É justo, que eu seja injusto
para quem gera a injustiça
e a justeza do meu acto
é justamente mostrada
de forma justa e veemente
além de ser partilhada
por muita e imensa gente.

Sou contra os arautos
dos ajustes
os que constroem
excelsos embustes
com os quais, em conluio
com a vampiresca
avidez ariana
injustamente nos suga
e injustamente nos trama.

Sim, sou contra
essa corja de gente
insensível e prepotente
que diariamente declama
num linguarejar complexo
esse poema sem nexo
que diz logo no começo.
(Cidadãos, tendes muito
chão por cama)

É ao não justo, que
eu seja injusto
para quem tanta
pobreza explana?

Kim Berlusa

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