REQUIEM
PELA AVENIDA DOS ALIADOS
Que
vento foi o que passou,
Bárbaro e insano,
Sobre a frescura da Avenida
E, sem piedade, Desterrou,
Do coração da cidade,
O pulsar mágico da Vida?
Bárbaro e insano,
Sobre a frescura da Avenida
E, sem piedade, Desterrou,
Do coração da cidade,
O pulsar mágico da Vida?
Que mão
funérea é que a Má Sorte
Deixou que te tocasse,
Sem que ninguém previsse,
E pusesse A lividez da morte
No teu rosto
Que respirava
Beleza e garridice?
Deixou que te tocasse,
Sem que ninguém previsse,
E pusesse A lividez da morte
No teu rosto
Que respirava
Beleza e garridice?
Quem
transformou
O encanto vivo dos jardins
Que enchiam de alegria
Os nossos olhos
E de magia
O nosso sentimento,
Neste deserto
Estéril e cinzento?
O encanto vivo dos jardins
Que enchiam de alegria
Os nossos olhos
E de magia
O nosso sentimento,
Neste deserto
Estéril e cinzento?
Pobre
espaço,
Lírico e sonhador,
Que mal fizeste a quem podia,
Assim, de ti dispor?
Por que pecado te mataram,
Com a frieza
Que inutiliza qualquer luta
E encerraram
Teu coração ?inda pulsante
Num sepulcro assombroso de aspereza,
Monotonia e pedra bruta?
Lírico e sonhador,
Que mal fizeste a quem podia,
Assim, de ti dispor?
Por que pecado te mataram,
Com a frieza
Que inutiliza qualquer luta
E encerraram
Teu coração ?inda pulsante
Num sepulcro assombroso de aspereza,
Monotonia e pedra bruta?
Para as
lágrimas de quem,
Sentindo-se traído,
Exprima, em pranto,
A sua dor e o seu protesto,
Não basta certamente
Um tanque, em ti,
Inútil e perdido?
Morto e tão frio com o resto!
Sentindo-se traído,
Exprima, em pranto,
A sua dor e o seu protesto,
Não basta certamente
Um tanque, em ti,
Inútil e perdido?
Morto e tão frio com o resto!
Sílvio
Martins
lido
por Leonor Reis
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