quarta-feira, 24 de abril de 2013

“LÁ, ONDE ESTÁ A MINHA ALMA”


“LÁ, ONDE ESTÁ A MINHA ALMA”

Não faço hoje nada muito importante.
Não há prêmio nem crítica que mereça o esforço.
Olho no espelho,a vida está parada.
Nem sabores,nem perfumes.
Cantar,sonhar,enlouquecer… nada importa!
Não deixo chorar a minha alma,
essa alma crente, generosa, útil e inocente morta.
Escondo a lágrima seca,da minha nascente escondida,
que só a mim pertence.
Não teimo em mostrar o brilho que não há.
O que sinto não merece aplauso.
Deixo a minha dor em paz… Silencio meus lábios.

Meu pranto não é o ruído das guerras
nem das novelas no ar.
Não é música que vem e que vai.
Não sabe a cantigas de vento ou de mar. 
A ninguém interessa!

Posso ousar entrar no reino da minha alma.
Com a minha alma está a minha alegria.
O que está inerte já não existia,nem ontem,nem hoje.
Há um sabor de folhas frescas,intocáveis 
E o som do silêncio,um som para descobrir… 
Posso sentir onde está a minha alma.

Constância Nèry

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