O Sobrenome da Solidão
Eu não sei, que sobrenome
hei-de dar à solidão
talvez fútil som
do nada
ou eclipse de emoção?
lápis gasto de silêncio
desenhando a escuridão?
ou luz vaga, no vazio
que cega, toda a visão?
Eu não sei, que sobrenome
hei-de dar à solidão
talvez casulo de isolamento
duma alma, em turbilhão?
ou lago enorme, de abandono
pleno de estagnação?
Eu não sei que sobrenome
hei-de dar à solidão
mas sei bem, que o seu nome
é uma acre sensação!
Kim Berlusa
in "Colectânea Galeria Vieira Portuense 2012"
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