quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Oiço o arfar

 
Oiço o arfar
silencioso, das palavras
no seu percurso
pelo amplo espaço
do poema.
Erigidas, linha a linha
pela sábia e eximia
construtora dos sentidos.
Sinto os misteriosos
e inebriantes odores
e elas evolam
e o mais que gostoso
paladar, da sua
própria língua.
Sinto na pele
as dóceis e
magnânimas
caricias
que fazem
com subtileza
e as visões
quase narcóticas
e apaixonadas
que elas expõem
ao meu olhar.
Porque é com
o arfar silencioso
das palavras
que eu consigo
ouvir, a cristalina
voz do mundo!
 
Kim Berlusa

Sem comentários:

Enviar um comentário