INVISÍVEL
O poema
caminhava
pela avenida
congestionada.
Seguia calmo
naquela manhã
ensolarada.
Brisa fresca
batendo no rosto,
mar azul,
água de coco,
jardins floridos.
Gentes,
entremeavam
num ir e vir
desnorteado.
Sereno;
acenou.
sorriu.
chorou.
Invisível...
Esbravejou,
irritou-se,
desnudou-se,
desistiu,
e já sem fôlego...
Inerte;
caiu.
Gentes,
ainda naquele
irritante
vir e ir
desenfreado.
caminhava
pela avenida
congestionada.
Seguia calmo
naquela manhã
ensolarada.
Brisa fresca
batendo no rosto,
mar azul,
água de coco,
jardins floridos.
Gentes,
entremeavam
num ir e vir
desnorteado.
Sereno;
acenou.
sorriu.
chorou.
Invisível...
Esbravejou,
irritou-se,
desnudou-se,
desistiu,
e já sem fôlego...
Inerte;
caiu.
Gentes,
ainda naquele
irritante
vir e ir
desenfreado.
Passavam.
Tropeçavam.
Desviavam,
e seguiam...
Ninguém
percebia...
Que ali,
ao risco de morte,
caído,
jaziam;
o poema,
de mãos dadas
com a última poesia
do dia.
Tropeçavam.
Desviavam,
e seguiam...
Ninguém
percebia...
Que ali,
ao risco de morte,
caído,
jaziam;
o poema,
de mãos dadas
com a última poesia
do dia.
José
Silveira
lido
por Lourdes Martins
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